Fora mais para trazer de volta o Costume Antigo do que pela vaidade vazia de uma coroa que Lorde Balon desencadeara sua grande rebelião. Robert Baratheon escreveu um fim sangrento para essa esperança, com a ajuda do seu amigo Eddard Stark, mas ambos estavam agora mortos. Meros rapazes governavam nos seus lugares, e o reino que Aegon, o Conquistador, tinha forjado encontrava-se esmagado e dividido.
O clímax veio súbito como uma tempestade, e encheu a boca da moça com o seu sêmen. Surpreendida, ela tentou se afastar, mas Theon a segurou bem pelo cabelo. Depois, ela aninhou-se ao seu lado.
– Satisfiz o senhor?
– Bastante bem.
– Tinha um gosto salgado – ela murmurou.
– Como o mar?
A moça confirmou com a cabeça.
– Sempre adorei o mar, senhor.
– Como eu – ele disse, girando indolentemente o mamilo dela entre os dedos. Era verdade. O mar significava liberdade para os homens das Ilhas de Ferro. Theon havia se esquecido disso, até o
– Leve-me junto, senhor – suplicou a filha do capitão. – Não preciso ir para o seu castelo. Posso ficar em alguma vila e ser a sua esposa de sal – ela estendeu a mão para acariciar seu rosto.
Theon Greyjoy afastou a mão para o lado e desceu do beliche.
– Meu lugar é em Pyke, e o seu, neste navio.
– Agora não posso ficar aqui.
Ele amarrou os calções.
– E por que não?
– O meu pai. Depois que for embora, ele vai me castigar, senhor. Vai me chamar de nomes feios e me bater.
Theon tirou o manto do cabide e o colocou sobre os ombros.
– Os pais são assim – ele admitiu, enquanto prendia as dobras com uma fivela de prata. – Diga que ele devia ficar contente. Fodi você tantas vezes que é provável que já esteja esperando. Não é qualquer um que tem a honra de criar um bastardo real.
Ela o olhou estupidamente, e ele, simplesmente a deixou ali.
O
Sob a proteção incerta do pequeno castelo repleto de peixes ficava a aldeia de Fidalporto, com o porto apinhado de navios. Da última vez que vira Fidalporto, era um deserto fumegante, com esqueletos de galés queimadas e galés esmagadas jazendo na costa pedregosa, como os ossos de leviatãs mortos, e as casas transformadas em nada mais que paredes quebradas e cinzas frias. Dez anos depois, poucos sinais da guerra restavam. O povo tinha construído novas choupanas com as pedras dos antigos e cortara novos colmos para os telhados. Uma nova estalagem tinha sido erguida junto ao desembarcadouro, o dobro do tamanho da antiga, com um andar inferior de pedra cortada e dois superiores de madeira. Mas o septo que ficava atrás nunca foi reconstruído; só restava uma fundação com sete lados para indicar o lugar onde antes existira. A fúria de Robert Baratheon, ao que parecia, tinha azedado o gosto dos homens de ferro pelos novos deuses.