Читаем A Fúria dos Reis полностью

Era bom ver Devan com um aspecto tão magnífico nas suas vestes de escudeiro, mas a convocatória deixou Davos apreensivo. Ordenará que zarpemos?, Davos perguntou-se. Salladhor Saan não era o único capitão que sentia que Porto Real estava maduro para um ataque, mas um contrabandista tem de aprender a ter paciência. Não temos nenhuma esperança de vitória. Disse isso ao Meistre Cressen no dia em que voltei a Pedra do Dragão, e nada mudou. Somos poucos demais, e os inimigos são muitos. Se mergulharmos os remos, morreremos. Mesmo assim, subiu no cavalo.

Quando Davos chegou ao Tambor de Pedra, uma dúzia de cavaleiros nobres e grandes vassalos acabavam de sair. Os Lordes Celtigar e Velaryon deram-lhe, cada um, apenas um aceno seco enquanto os outros o ignoraram por completo, mas Sor Axell Florent parou para trocar algumas palavras.

O tio da rainha Selyse era um autêntico barril, com braços grossos e pernas arqueadas. Possuía as orelhas proeminentes de um Florent, ainda maiores do que as da sobrinha. Os pelos grossos que brotavam das dele não o impediam de saber da maior parte das coisas que se passavam no castelo. Sor Axell servira durante dez anos como castelão em Pedra do Dragão, enquanto Stannis participava do conselho de Robert em Porto Real, mas nos últimos tempos tinha se tornado o mais destacado dos homens da rainha.

– Sor Davos, é bom vê-lo, como sempre – o homem disse.

– Igualmente, senhor.

– Também reparei em você hoje de manhã. Os falsos deuses arderam com uma luz feliz, não é verdade?

– Arderam brilhantemente – Davos não confiava naquele homem, apesar de toda sua cortesia. A Casa Florent tinha se declarado partidária de Renly.

– A Senhora Melisandre disse-nos que às vezes R’hllor permite que seus servos fiéis vislumbrem o futuro nas chamas. Pareceu-me, enquanto observava o fogo de manhã, que estava olhando para uma dúzia de belas dançarinas, donzelas vestidas de seda amarela que rodopiavam e redemoinhavam perante um grande rei. Penso que foi uma verdadeira visão, sor. Um vislumbre da glória que espera Sua Graça depois de tomarmos Porto Real e o trono, que é seu de direito.

Stannis não gosta nada de tais danças, pensou Davos, mas não se atreveu a ofender o tio da rainha.

– Eu vi apenas fogo – ele respondeu –, mas a fumaça estava deixando meus olhos com lágrimas. Perdoe-me, senhor, o rei aguarda – passou por Sor Axell, perguntando-se por que ele teria lhe dado trela. Ele é um homem da rainha, e eu sou do rei.

Stannis estava sentado à sua Mesa Pintada com o Meistre Pylos espreitando por sobre seu ombro, e uma pilha desordenada de papéis à frente dos dois.

– Sor – disse o rei quando Davos entrou –, venha dar uma olhada nesta carta.

Obedientemente, Davos escolheu um papel ao acaso.

– Parece bastante bonita, Vossa Graça, mas temo que não saiba ler as palavras – Davos podia decifrar mapas tão bem como qualquer outro, mas as cartas e os outros escritos estavam além do seu poder. Mas o meu Devan aprendeu as letras, e os jovens Steffon e Stannis também.

– Esqueci – um sulco de irritação apareceu entre as sobrancelhas do rei. – Pylos, leia.

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